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Design on a budget # A cor (do nosso quarto)


Quando ponho a cabeça num assunto só descanso quando o vejo feito.

Neste momento de entusiasmo para mudar o meu quarto, como falámos noutro dia, fui à loja de tintas mais perto de casa, agarrei-me a um pantone e demorei 15m a escolher apenas e só duas cores.

Tal como falei no último post, não vale a pena fazer 70 amostras, facilitem a vossa própria vida, e não vos obriguem a escolher entre várias opções.

Ora bem, eu cá tenho uma técnica para testar as tintas, não vá o diabo tecê-las e o António lembrar-se que afinal não alinha nisto, porque por ele adora mudanças (ler com tom irónico pff).

Eu uso folhas A3 de papel cavalinho e pinto uma amostra de tinta, ah e deixo sempre um cantinho onde escrevo a referência da cor.

Porquê?

Sim, porque me posso arrepender e afinal não querer pintar a parede e imaginem se fizer a amostra directamente na parede, fica complicado de depois voltar a trás.

E também porque desta forma posso andar com as amostras quarto fora e ver ao pé de vários móveis ou em vários locais do quarto onde a luz é diferente.

Bem e agora? Não sei. Mesmo só com duas amostras continuo seriamente em duvida, acho que ambas podem resultar, acho que são duas cores que funcionariam com o nosso estilo, o estilo da casa e com o tipo de look que queremos atingir... está difícil.

Lembremos então as opções VS as amostras:

O verde:

É a escolha óbvia, porque na verdade é a cor transversal a toda a casa. Apesar de haver vários tons, é o verde que caracteriza mais o AD visual da nossa casa.

Por este motivo sei que é uma cor segura e que só pode correr bem.

O azul:

O Azul... adoro azul. Há muito tempo que sonho com uma divisão azul noite.

Quebra a linha decorativa da casa, mas sinceramente não me choca.

O quarto é uma coisa tão nossa, tão pessoal que pode e deve estar assumidamente diferente do resto.

Votos? O que mais gostam? Eu sei que estes tons escuros ainda são para muitos sinónimo de espaços feios, pesados e sem luz. Mas isso não é de todo verdade. Nos meus workshops é recorrente falarmos neste tema dos tons escuros e há alguns mitos que desmistifico e que gostava de partilhar com vocês, porque muita gente foge a estas cores, sem razões para ter medo! 1. O tamanho do espaço não é relevante. Não deixe que o tamanho de uma sala e impeça de ir para cores arrojadas ou escuras. Muitas vezes o efeito ''sem princípio e sem fim'' do branco que muita gente procura para amplificar o espaços é replicado em tons escuros. A ideia é escolher um tom e uma tinta que deixem a luz entrar e difundir de forma bonita, isso não quer dizer que tenha de ser branca, bege ou cinza clara. Muito menos tem a ver se é um espaço enorme ou pequeno. Trabalhe com a luz que tem e com a cor, tipo de tinta ou acabamento que vai usar. Para espaços mais pequenos o ideal é usar os tons escuros mas com leitura e usar outras cores mais neutras ou claras para fazer o contraste e assim criar alguma dinâmica e noção de profundidade e textura. 2. Adicione focos de atenção e luz. E luz não é necessariamente lâmpadas e/ou candeeiros, podem ser peças que atraem a luz e reflectem a luminosidade natural do espaço. Sejam espelhos, ou peças metálicas e cromadas que atraem a luz e criam pontos onde o nosso olho é atraído, este movimento de olhar é muito sugestivo para o nosso cérebro de que o espaço não é plano (boring) e que tem informação atrativa. 3. Atenção aos detalhes que mudam a dimensão do espaço. Por exemplo, numa sala com uma passagem para outro espaço onde no tecto há um arco. Se pretende que as paredes pareçam mais altas, pinte o arco da mesma cor das paredes. Ou por exemplo, se tem um espaço pequeno e com muita informação pinte os rodapés, irá ser menos um pormenor que vai encher mais do que vai compor. 4. É bom arriscar, mas é melhor ter a certeza.

O Pinterst é giro mas não vive nele. Para pintar um quarto, uma sala ou outra divisão com estes tons mais marcantes é bom que se sinta completamente seguro da cor e do estilo que pretende para que não seja um impacto brutal e negativo no final.


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