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O que conta são os detalhes.

E esses não precisam de custar fortunas. Cada vez mais dou importância aos pormenores, às pequenas coisas que quase parecem que vão passar despercebidas. Não é preciso gastar dinheiro, não são coisas que estão ''na moda'' ou tendências, são detalhes, mínimos apontamentos que fazem mesmo a diferença. Seja sobre uma mesa de natal, numa mesa de apoio, na forma como preparamos o quarto de visitas, ou mesmo como servimos a comida, tudo é importante para mim. É importante porque é o que faz as pessoas se sentirem bem recebidas, acolhidas em casa, para mim é isto que é o natal. A música que se ouve entre as gargalhadas, o cheiro a comida misturado com o cheiro a pinheiro, as gargalhadas, as conversas trocadas. O natal. Isso não precisa de ser medido em número de presentes ou em quanto custou o quê, mas pode ser sentido pela forma como nos abrem a porta de uma casa. No curto post de hoje vou vos contar como gosto de fazer isto sempre. Seja no natal, seja num simples jantar de última hora com amigos.

Eu tenho muita coisa, é verdade. E claro que eu tenho noção que isso facilita o meu processo de criar momentos, ambientes e experiências de última hora. Mas as coisas que tenho são simples, tenho muita coisa que herdei dos meus avós, muita coisa que compro em velharias e muitos louça barata que compro em feiras ou saldos. Como tentei ilustrar na bonita fotografia do José Manuel Ferrão, a minha ideia é mesmo com ''muita tralha solta'' fazer um momento bonito e delicado, que transpira a sensação de ''Welcome!'' . Para mim, o mix das coisas de família e as mais modernas é especialmente importante na altura do natal, porque na verdade chegamos a muito mais gente, aos avós, aos tios, aos primos, quando uma mesa é feita de peças que nos lembram a todos de algo ou alguém. ''Olha os guardanapos da bivó'' , ''oh este são os pratos da tia Assunção?'' - E daí é um saltinho até navegarmos entre as histórias mais famosas da família. Na verdade, acho que a herança cultural que herdamos quando recebemos os pratos da avó ou os talhares da tia, é tão importante quanto as fotografias, o anel de casamento ou outras coisas. Estas peças guardam memórias, relembram outros tempos que nem eu nem os meus filhos viveram, mas que e certa forma são mote para repetir e ouvir histórias. E agora eu calo-me com esta parte sentimental, juro e dou dicas práticas boa? À chegada:

- E especialmente se celebra o natal com um grupo grande, pode ter preparado uma etiqueta grande com uma fita, com o nome de casa família por exemplo '' família Santos'' e marcar o saco de presentes da família debaixo da árvore! Sobre a Mesa:

- O tão famoso marcador de lugar, especialmente para quem não reserva lugares específicos, pode ser substituído por um menu ou para os mais artísticos por uma folha de um livro velho com um poema, uma frase bonita ou excerto de uma canção. Ou mesmo com um miminho, um saquinho de caramelos caseiros ou umas bolachas deliciosas da Brigadeirando como na imagem em cima. (aproveitem e espreitem este post antigo sobre as novas-não-regas à mesa) Na altura dos presentes:

- Cá em casa fazemos amigo secreto familiar, mas todos podem calhar com todos, netos com avós, tios e primos, etc.. Por isso na altura dos presentes fazemos o jogo do adivinha! Tendo que descrever sem dizer o nome a pessoa a quem vamos dar o nosso presente.

-- Em cada presente, fica sempre mais pessoal escrever um pequeno texto ou uma carta a pessoa a quem vamos dar o presente, eu gosto de fazê-lo e guardar quando me fazem!

-O livro do natal, foi uma tradição que implementei o ano passado. Comprei um livro de capa rija e folhas brancas, e fi-lo rodar toda a noite por todos os familiares de forma a que todos pudessem escrever, desenhar ou colar uma plaroid. A ideia é irmos actualizando o livro todos os anos e guardar algumas das memórias num sitio só!

Convidados que pernoitam:

- Gosto sempre de pensar o que eu gostaria de ter no meu quarto, caso ficassem em casa de alguem. Água, claro, que gosto sempre de por uma água normal e outra com gás, para a seguir a grandes festas ajudar na digestão, e depois qual quer coisa doce, que as vezes apetece para aquele aconchegue de final de noite, uns chocolates, uns bombons...

- Um ou dois livros, leves fáceis e quase transversais a todas as idades.- Toalhas, claro, mas é sempre bom um KIT de viagem com o mini champô, amaciador e gel de banho, uso imenso os da Kiehl's porque sei que são bons e assim sei que é bom para todo o tipo de peles.

E depois para todos os momentos, uma boa música, uma atitude descontraída e simpática, não há nada pior do que um anfitrião stressado.Flores, isenso ou velas perfumadas, especialmente se cozinhar a ceia de natal em sua casa, para ter a certeza que não cheira a comida.

Depois é só aproveitar. É tão bom e passa tão rápido!

Dica* Use papel de jornal, folhas de livros antigos ou bocados de pano como o vosso papel de embrulho para este ano!

Ah e se quiserem umas dicas de como preparar a casa para antes do natal e sobreviver ao depois espreitem aqui .

Fotografias: José Manuel Ferrão


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